Você desiste fácil dos seus sonhos?!


     Imagino que todas as pessoas acalentem sonhos, mas o que a maioria faz para transformá-los em realidade? Larry Walters faz parte de um grupo relativamente restrito de pessoas que conseguiram realizar seu sonho. Sua história é verdadeira, embora pareça difícil de acreditar.

     Larry era motorista de caminhão, mas o sonho de sua vida era voar. Quando se formou no curso secundário, alistou-se na Força Aérea com a esperança de tornar-se piloto. Infelizmente, não conseguiu seu intento por ter a visão fraca. Depois de deixar o serviço militar, ele teve de contentar-se em ver outras pessoas pilotando os caças a jato que cruzavam os céus, sobrevoando seu quintal. Sentando em sua cadeira, ele sonhava com a mágica de voar.
     Certo dia, Larry Walters teve uma ideia. Dirigiu-se ao depósito de materiais excedentes da Marinha/Aeronáutica de sua cidade e comprou um tanque de hélio de 45 balões atmosféricos. Esses balões são diferentes daqueles coloridos usados em festas. São muito resistentes e medem mais de um metro de diâmetro depois de totalmente inflados.
     Larry voltou a seu quintal e usou as tiras para amarrar os balões à sua cadeira, uma espécie de cadeira preguiçosa como essas que você deve ter em seu jardim. Prender a cadeira ao para-choque de seu jipe e inflou os balões com hélio. Em seguida, fez um pacote com sanduíches e refrigerantes e carregou uma arma, imaginando que poderia usá-la para estourar alguns balões quando chegasse o momento de aterrissar.
     Depois de tudo pronto, Larry Walters sentou-se na cadeira e cortou o fio que a prendia ao pára-choque. Seu plano era flutuar lentamente até retornar à terra firme. Mas as coisas não funcionaram como ele desejava.
     Quando cortou o fio, Larry não flutuou lentamente; projetou-se para cima como um tiro de canhão! Também não subiu algumas centenas de metros. Subiu, subiu, até chegar a uma altura de mais de 3.000 metros! Naquela altitude, ele não podia arriscar-se a estourar um dos balões. Temia desequilibrar a carga e sair voando de verdade! Assim, resolver ficar ali, flutuando no ar durante 14 horas, totalmente sem saber como faria para descer.
     Finalmente, Larry desviou-se para as proximidades de um corredor aéreo do Aeroporto Internacional de Los Angeles. Um piloto da Pan-Am chamou a torre pelo rádio e informou que acabara de ver um sujeito sentado em uma cadeira preguiçosa a uma altura de mais de 3.000 metros, segurando uma arma no colo. (Seguiu-se um diálogo que eu daria tudo para ter ouvido!)
     Los Angeles fica às margens do oceano, e você deve saber que, quando a noite cai, os ventos da costa mudam de direção. Quando o céu escureceu, Larry começou a voar em direção ao mar. Naquela altura dos acontecimentos, a Marinha já havia enviado um helicóptero para regatá-lo. Mas a equipe de salvamento teve grande dificuldade para aproximar-se dele, porque o vento provocando pelas hélices afastavam cada vez mais a engenhoca inventada por Larry. Depois de muito esforço, o helicóptero conseguiu pairar sobre ele, e  um dos homens desceu uma corda para conduzir Larry de volta à terra.
     Assim que pisou em terra firme, Larry foi preso. Enquanto ele estava sendo conduzido à prisão, algemado, um repórter de televisão gritou:
    - Sr. Walters, porque o senhor fez isso?
    Larry parou, encarou o repórter e responder com indiferença:
     - Um homem não pode ficar sentado à toa.

Do livro "Histórias para o Coração"  - Howard Hendricks com Chip MacGregor

Lindo Palácio, Mas Nenhum Rei


     As lendas do Taj Mahal. Todas são fascinantes, mas há uma que nos persegue.
     
A esposa favorita do imperador mongol Shah Jahan morreu. Ele ficou arrasado e resolveu honrá-la construindo um templo para lhe servir de sepulcro. Seu ataúde foi posto no centro de uma grande área de terra, e começou-se a construção do templo ao seu redor. Nada se pouparia, contanto que seu lugar de repouso final fosse magnífico.

     Mas, á medida que as semanas se tornavam meses, o sentimento de perda do xá foi eclipsado por sua compaixão pelo projeto. Ele não se lamentava mais a falta dela. A construção o consumia. Um dia, andando de um lado da construção para outro, sua perna bateu numa caixa de madeira. O príncipe sacudiu o pó de sua perna e ordenou que a caixa fosse retirada dali.

     Shah Jahan não sabia que havia ordenado a retirada dos restos mortais da esposa, agora esquecida, escondida debaixo de camadas de tempo e de poeira.
     A pessoa que se pretendia homenagear com o templo foi esquecida, mas, de qualquer maneira, o templo foi construído.

     Difícil de acreditar? Talvez. No mínimo, muito estranho.
     Pode alguém construir um templo e esquecer porque o construiu? Pode alguém construir um palácio e esquecer o rei? Pode alguém esculpir uma imagem e esquecer o herói?

     Responda você mesmo estas questões. Responda-me numa igreja. Da próxima vez que você entrar numa assembleia para adorar, coloque-se numa posição em que possa ver o povo. Então decida.
     Você pode identificar os que se lembram do sacrificado. Eles estão de olhos abertos e num estado de expectação. São crianças que observam a abertura de um presente. São servos silentes perante um rei que passa. Você não cochila na presença da realeza. E você não boceja ao receber um presente, especialmente quando o doador é o próprio rei.

     Você pode identificar também os que veem apenas o templo. Seus olhos se movem em diferentes direções. Seus pés se arrastam. Suas mãos rabiscam e suas bocas se abrem, não para cantar, mas para bocejar. Pois não importa quanto tentem quedar-se admirados, seus olhos começam a se dispersar. Todos os templos, mesmo o Taj Mahal, perdem seu brilho depois de algum tempo.

     Os admiradores do templo não ficam entendiados. Eles amam a igreja. Eles podem falar de seus programas e elogiam seu pastor. Eles não perdem o interesse. Eles põem chapéus, meias, casacos, gravatas e vem toda semana. Mas, mesmo assim, está faltando alguma coisa. Aquele a quem uma vez planejaram honrar não é visto há muito tempo.
     Mas os que tem visto não podem esquece-lo. Eles o encontram mais apesar do templo do que por causa dele. Eles retiram a poeira e se colocam em pé diante de sua tumba - a tumba vazia.
     Os que constroem templos e os que buscam o Salvador. Você os encontra nas mesmas igrejas,  nos mesmos bancos, e as vezes, com roupas semelhantes. Um vê a estrutura e diz: "Que grande igreja."  O outro vê o Salvador e diz: "Que grande Cristo!"
   Qual dos dois você vê?
O Aplauso do Céu - Max Lucado