Amar o próximo. Quem é meu próximo?



Há um tempo atrás contei uma história da Bíblia para as crianças na minha igreja e algo me saltou aos olhos.

Vocês devem conhecer a história do Bom Samaritano, quando um doutor da lei pergunta para Jesus quem é o próximo já que ele tinha citado o texto de Lc 17 - "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo."

Depois desse versículo, Jesus conta uma parábola que resumidamente diz assim (quero que você se imagine na situação):

Um homem foi assaltado quando ia de uma cidade a outra. Bateram nele ao ponto de ficar desacordado, caído na rua. E assim ficou até que três homens passam por ele: um sacerdote, um levita e um samaritano, povo inimigo dos Judeus.

O primeiro a passar foi o sacerdote. Ele viu a cena e passou longe...
Talvez tenha ficado assustado, com medo, achado que era uma armadilha. Não sei o que passou na cabeça dele, mas a pessoa machucada no chão continuou.

Em seguida passa um levita, uma pessoa que servia na casa de Deus. Vamos imaginar uma pessoa da música. Um dirigente de louvor, um instrumentista ou mesmo um cantor. E qual foi a sua reação? A mesma do sacerdote. Passou longe do homem quase morrendo no chão.

Então chega a vez do terceiro homem. Ele olhou a cena e moveu-se de intima compaixão.  Esse homem é um samaritano, lembrem-se, inimigo dos Judeus, um povo considerado de segunda categoria. O que ele fez?  Cuidou das feridas, montou o homem no seu animal e levou-o para uma estalagem. Fora isso, deixou dinheiro e disse que se fosse necessário mais, na volta pagaria. O samaritano pode ter até ficando com medo, assustado, com dúvida,  mas ele parou. Ele parou!!!  Não mudou de rumo! Ele viu a cena e seu coração se moveu a ajudar.

Sejamos sinceros. Quem faria "mais sentido" ter parado para ajudar o homem caído no chão? Não seria o sacerdote ou o levita?! Para mim é um pensamento quase que instantâneo. Sacerdote e levita não eram pouca coisa não. Pessoas que ministravam diante do Senhor constantemente. Conheciam muito bem a palavra de Deus.  Eram pessoas importantes e religiosas!
Posso até imaginar o sacerdote fazendo uma oração com o homem no chão. Talvez o levita também fizesse uma oração, só que em forma de música.

Não vamos pensar no homem caído no chão por agora, mas no seu colega de trabalho/familiar/amigo que está passando por muitas lutas precisando desesperadamente de uma ajuda...ou uma palavra amiga.... ou simplesmente ser ouvido (a). Ele pode contar com você?  Você ao menos quer saber sobre o que está acontecendo? Te interessa a vida do próximo?

Jesus está dizendo nessa parábola que não interessa seu título religioso. Não interessa sua condição financeira. Não interessa seu partido político ou qualquer outra coisa. Você pode ter o título que for mas o que importa aqui é o seu coração! Enganoso muitas vezes, mas é o que Deus conhece muito bem! E ele sabe o que tem lá dentro... O que adianta a religiosidade, o título se o coração está tão duro ao ponto de nem se importar com o que acontece diante dos seus olhos?

 O versículo poderia acabar em "Amarás ao Senhor teu Deus..... e de todo o teu entendimento." Ficaria um versículo muito bonito também.  Mas continua dizendo " e amarás ao próximo como a ti mesmo."

Você tem duas opções quando percebe  que alguém tem alguma necessidade: ter compaixão ou ignorar!
Jesus apenas responde ao que ama ao próximo: "Faze isso, e viverás."



"Deus, me dá um coração de carne e não de pedra. Me ajuda a me importar menos comigo mesma e mais com os outros. Sonda o meu coração, vê se há algum caminho mau, e guia-me pelos Teus caminhos eternos, perfeitos e maravilhoso!"



MC






Um comentário:

  1. Amei! Lindo! Esse versículo é muito rico! Sempre me pego pensando e filosofando nele. Bjs! Genara

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