Um coração faminto para adorar



Pessoas em um avião e pessoas sentadas em um banco de igreja têm muito em comum. Ambas estão em uma viagem. A  maioria é bem comportada e apresentável. Algumas cochilam e outras fixam o seu olhar na paisagem através das janelas. A maioria, senão todas elas, ficam satisfeitas com a experiência. Para muitas, as características de um bom voo, bem como as características de uma boa reunião de adoração significam a mesma coisa. "Bom", gostamos de dizer. "Foi um bom voo/Foi um bom culto de adoração". Saímos da mesma maneira que entramos, e estamos felizes por poder voltar numa próxima vez.

Poucos, contudo, não estão contentes com o simplesmente bom. Anseiam por algo mais. O menino que passou por mim era assim. Eu o ouvi antes de vê-lo. Eu já estava em minha poltrona quando perguntou:"Será que realmente me deixarão falar com o piloto?" Ele era sortudo ou esperto, porque fez este pedido assim que entrou no avião. A pergunta flutuou até a cabine, fazendo com que o piloto se inclinasse.
"Tem alguém procurando por mim?", perguntou.
O menino levantou rapidamente a sua mão, como se estivesse respondendo uma pergunta de sua professora do sexto ano: "Sou eu!"
"Bem, pode entrar".
Com um gesto de aprovação da sua mãe, o menino entrou no mundo dos controles e instrumentos da cabine do avião e voltou minutos mais tarde com os olhos arregalados. "Uau!", exclamou.
"Estou tão feliz por estar neste avião!"

A face de ninguém mais demonstrava estar tão maravilhada como a do menino. Se estivesse eu saberia. Prestei atenção. Uma vez que o interesse do garoto atraía a minha atenção, estudei a face dos outros passageiros, porém não encontrei entusiasmo semelhante. O melhor que vi foi satisfação: satisfeitos por estarem no avião, satisfeitos por estarem próximos do seu destino, satisfeitos por estarem fora do aeroporto, satisfeitos por estarem sentados, olhando tudo e falando pouco.

Havia poucas exceções. Cerca de cinco mulheres de meia-idade usando chapéu de palha e carregando bolsas de praia não estavam satisfeita; estavam exuberantes. Sorriam por todo o corredor. Meu palpite é de que eram mãe livres de cozinhas e crianças. Um rapaz de terno azul do outro lado do corredor não estava contente; estava irritado. Abriu o seu laptop e passou toda a viagem com o rosto franzido olhando para a tela. A maioria de nós, contudo, estava mais feliz do que ele e mais contida do que as senhoras. A maioria estava contente. Satisfeita com um voo previsível, sem qualquer fator surpresa. Satisfeita com um bom voo.

E como foi isso que procuramos, foi isso que alcançamos. O menino, por outro lado, queria mais. Queria ver o piloto. Se lhe pedissem para descrever o voo, não diria "bom". Certamente mostraria as asas de plástico que o piloto lhe deu de presente e diria:"Vi o homem lá da frente".

Você compreende porque digo que pessoas em um avião e pessoas sentadas em um banco de igreja tem muito em comum? Entre no santuário de uma igreja e olhe para a face das pessoas. Poucas estão exuberantes, algumas estão irritadas, mas a maioria está satisfeita. Satisfeita por estar ali. Satisfeita por sentar-se, olhar diretamente para a frente e ir embora quando o culto termina. Satisfeita por participar  de uma reunião sem surpresas ou turbulências. Satisfeita por ter um culto "agradável". "Buscai e encontreis", prometeu Jesus. E como o que buscamos é apenas um culto agradável, isto é o que usualmente encontramos.

Poucos, contudo, buscam mais. Poucos vêm com o entusiasmo infantil do menino. E esses poucos voltam como ele, com um brilho nos olhos, maravilhados por terem estado na presença do próprio piloto.

Permite que sugira urgentemente que você seja simplesmente como Jesus era? Prepare o seu coração para a adoração. Deixe que Deus mude o seu semblante através da adoração. Demonstre o poder da adoração. Acima de tudo, busque a face do piloto. O menino fez isso. Porque buscou o piloto, saiu com o rosto mudado e um par de asas. O mesmo poderá acontecer com você.


Simplesmente como Jesus de Max Lucado

Como Davi


"Viu, porém, Davi que seus servos falavam baixo, e entendeu Davi que a criança estava morta, pelo que disse Davi a seus servos: Está morta a criança? E eles disseram: Está morta.
Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do SENHOR, e adorou. Então foi à sua casa, e pediu pão; e lhe puseram pão, e comeu.
E disseram-lhe seus servos: Que é isto que fizeste? Pela criança viva jejuaste e choraste; porém depois que morreu a criança te levantaste e comeste pão.
E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se DEUS se compadecerá de mim, e viverá a criança?
Porém, agora que está morta, porque jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.
Então consolou Davi a Bate-Seba, sua mulher, e entrou a ela, e se deitou com ela, e ela deu à luz um filho, e deu-lhe o nome de Salomão; e o SENHOR o amou."
                                                                                                                              2 SAMUEL 12: 19 a 24
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É tão bom encontrar na Bíblia pessoas parecidas conosco, que erram como nós, tortas, imperfeitas, feias... e, mesmo assim com tanto a nos ensinar. Talvez se hoje avaliássemos Davi, para muitos de nós ele seria apontado como uma má pessoa, um péssimo cristão, um exemplo para não ser seguido. E em parte teríamos razão.
                Davi foi uma pessoa excessivamente transparente, seus erros e acertos eram abertamente divulgados e julgados pelo povo. Hora era herói, hora vilão. Não deve ser fácil viver assim. Vejo como algo quase natural nossa mania de proclamar os acertos e varrer para debaixo do tapete nossos erros e vergonhas. Buscamos ter um saldo positivo da nossa imagem pública. É importante que nos vejam bem, tenham boas expectativas conosco e que só percebam nossos pequenos erros para que orgulhosamente possamos lembrar a todos que ainda somos humanos, que ainda frequentamos este mundo corrompido.
            Agora é importante ressaltar o seguinte, coitados daqueles que ficam com seu saldo negativo, que tem seus pecados expostos, que têm a sua vergonha descoberta, estes são martirizados publicamente, excluídos da comunhão dos santos, são condenados a carregar um fardo eterno de cristãos de segunda ou terceira categoria. Será que somos assim? Será que nos tornamos mais falsos e insensíveis do que aqueles fariseus tão severamente advertidos pelo senhor Jesus? Pense como você tratou no seu coração aquele irmão pego na mentira, ou no furto, ou aquele pastor que caiu no adultério, quem sabe na pedofilia ou foi pego numa relação homossexual, como foram tratados em nossas comunidades? Qual futuro eles tiveram na convivência da igreja, nos trabalhos, nos relacionamentos?
            O interessante é que Deus não julga como nós, Ele não fica fazendo avaliações instantâneas e nos promovendo ou desistindo de nós em cada passo que damos. Teríamos acabado com Davi, por todas as suas mentiras, enganos, fingimento, pela violência, pelo adultério, pelo mau exemplo como marido e como pai. Com certeza Deus não aprovou seus erros, se entristeceu com seus pecados, o corrigiu duramente algumas vezes, mas Deus não o abandonou, não desistiu dele. Já no fim da vida de Davi, talvez olhando para aquele pequeno servo, Deus disse que ele era o homem segundo seu coração. Deus estava olhando seu interior, sensível, quebrantado, pronto a consertar, pronto a obedecer, a servir, a amar.
            Perceba como Davi lidou com essa cena trágica de sua vida e como devemos aprender com ele. Quando o profeta Natã confrontou seu pecado e anunciou a disciplina de Deus como conseqüência, Davi se entristeceu, se humilhou, afligiu a sua alma e buscou a face de Deus. Sabia que o Pai o havia perdoado, mas queria que a conseqüência fosse reduzida ou cancelada. É triste a verdade que o sofrimento causado por nossos erros muitas vezes são mais sentidos por aqueles que estão perto de nós, por aqueles que mais amamos. Assim foi com Davi, seu filho veio a falecer, e foi nos dias de sua enfermidade e dor que o rei intercedeu com todas as suas forças, até que triste notícia chegou.
            Aí o que fez Davi? Penso que enterrou seu filho, virou a página,  encerrou aquela história, tomou banho, trocou de roupa e recomeçou a sua vida. Errou? Sim, porém foi confrontado, confessou seu erro, sofreu as conseqüências, e continuou. Não ficou para sempre chorando o morto, não ficou magoado com Deus, não ficou fechado num quarto deprimido pelo que ele fez ou pelo que fizeram a ele. Consolou sua esposa, tiveram um novo filho, Salomão, Deus o amou, o abençoou, fez dele rei de Israel. Aquela história muito triste terminou, morreu... mas da postura de Davi começou ali uma nova história, uma nova vida.


            Meu primeiro convite é aprendermos com o Pai como tratar nossos irmãos, lembrar que o amor cobre multidão de pecados, lembrar que o mais santo de todos os filhos de Deus só é salvo pela graça, por nossas obras todos seríamos condenados. Não fique condenando a cada tropeço de seu próximo, esteja sempre disposto a perdoar, a dar mais uma chance, e não se esqueça que se algum dia o seu pecado for exposto, a sua vergonha for descoberta e o pensamento mais obscuro e secreto for trazido à luz, torça para encontrar pessoas maduras, cristãos tratados pelo Pai, irmãos que te amem ao invés de te expor, que te acolham e não te rejeitem. Meu segundo convite é para você que tem sofrido a conseqüência do seu pecado ou do pecado de alguém próximo, aprenda com Davi, sofra em quanto precisa sofrer, se humilhe diante de Deus, quebrante seu coração, suporte a disciplina. No tempo certo vire a página, enterre o morto, recomece sua vida, uma falha ou um pecado não podem determinar quem você é!!! Deus conhece seu interior, seu coração. Receba o perdão Dele e, numa postura nova, escreva um novo capítulo da sua história,  busque ser como Davi, que mesmo sendo criticado por muitos se tornou o homem segundo o coração de Deus.


Que Deus nos abençoe,


Bruno Costa.

Suficiente Graça




Imagine a cena: Eu, você e mais uma meia dúzia de outras pessoas voando pelo país em um avião fretado. De repente surgem chamas no motor e o piloto sai da sua cabine em voz alta e diz: "Vamos bater", ele grita. "Estamos em queda!"
Que bom que ele sabe onde estão os paraquedas porque nós não temos a menor ideia. Em seguida ele nos passa rapidamente algumas orientações e nos posiciona em uma fila enquanto abre a porta do avião.

O primeiro passageiro se aproxima da porta e em voz alta diz: "Posso fazer um pedido?"
"Lógico. Qual é o seu pedido?"
"Posso ter um paraquedas de outra cor?"
O piloto balança a cabeça incrédulo. "Não é suficiente o que você já tem?"
Então o passageiro salta.
Chega a vez do segundo passageiro. "Estive pensando na possibilidade de não ter nenhum tipo de enjoo durante a queda. O senhor pode me garantir isso?"
"Não, mas eu te garanto que terás um paraquedas para seu salto."

Cada passageiro faz sua solicitação mas no entanto recebe apenas o paraquedas.
"Por favor capitão", diz um outro passageiro, "tenho medo de alturas. Retira meu medo."
"Não", ele responde, "mas te darei um paraquedas."
Um outro, sugere uma outra estratégia: "O senhor não poderia mudar os planos? Não vamos mais saltar e sim deixar o avião cair. Quem sabe sobreviveremos?"
O piloto sorri e diz: "Você não sabe o que pede" e gentilmente dirige o passageiro para o salto. Um outro passageiro deseja botas para o salto enquanto outro pede para esperar até o avião se aproximar do chão. Cada um com sua solicitação. "Vocês não entendem", o piloto exclama em voz alta, enquanto ajuda cada passageiro."Dei a cada um de vocês um paraquedas, e isso é o suficiente."

Apenas um item é necessário para o salto, e isso ele providenciou. Não apenas providenciou, como colocou em nossas mãos. Fez tudo de forma perfeita. Ficamos contentes? Não. Estamos ansiosos e exigentes.

Muito fora da realidade? Talvez em um avião com pilotos e paraquedas. Mas e  na terra com pessoas e a graça? Deus ouve milhares e milhares de pedidos por segundo. Alguns são até legítimos. Nós também pedimos a Deus para remover nosso medo ou mudar os planos. Ele geralmente responde com um gentil "empurrão" que nos deixa "flutuando" em sua graça.

Verdade seja dita, algum de nós descobre o medo de alturas quando estamos pendurados em circunstâncias precárias - apenas sustentados pela graça Dele. Preferimos ter nossos pés firmemente plantados no chão. Queremos certeza e fatos. Temos a necessidade de saber se tudo está acontecendo conforme planejamos. De fato, se não podemos ter a certeza se nossos problemas serão resolvidos, melhor nem tê-los. Como Paulo, pedimos a Deus para removê-lo.

Haverá tempos onde o que você mais quer será o que nunca terá. Você não estará sendo exigente ou chato. Apenas obedecendo o que diz em Fl 4:6 "antes as vossas orações sejam em tudo conhecidas diante de Deus". Tudo o que você quer é uma porta aberta, um dia a mais ou uma resposta de oração. E seu coração ficará grato por isso.

Então você ora e espera.
Nenhuma resposta.
Você ora e aguarda.
Sem resposta.
Ora e espera.

Posso fazer uma pergunta muito importante? E se Deus disser não?
E se sua solicitação demorar ou não for respondida? 
Quando Deus diz não para você, como você vai responder? 
Se Deus disser, " Te dou minha graça, e isso é suficiente", você ficará satisfeito?

Max Lucado

Sonho


Hoje a tarde minha irmã me ligou compartilhando coisas de Deus...

Quem diria...

Nunca imaginei ter esse tipo de conversa com ela. Não que fossemos do tipo irmãs não amigas, mas porque até pouco tempo atrás, as coisas não eram assim...
Um dia eu tive um sonho, e tive esse sonho enquanto estava acordada.

Esse sonho aconteceu há cerca de quinze anos atrás quando eu ouvi uma música. Essa música dizia assim: “Vem desfrutar do amor de Deus, você e sua casa. Deixe Jesus que é o Rei entrar em teu coração...” e no final a música dizia: “Deus alcançou e modificou toda a minha casa, ainda que venha a tempestade não nos alcançará”.

Lembro que comecei a cantar a música e me fazia sentido cantar a primeira parte, mas a segunda não. Me pareceu muito sem sentido cantar que Deus alcançou e modificou a minha casa porque essa não era a realidade.

Aliás, a realidade era o inverso. Uma casa dividida e com muitas brigas. A convivência chegava a ser insuportável em muitas situações. Para mim Deus estava em qualquer lugar menos na minha casa. Era exatamente isso o que eu sentia...

Mas eu fiz uma coisa. Resolvi sonhar e "viajar" na minha mente. Fechei os olhos e comecei a cantar imaginando cada membro da minha família entrando na igreja, mudando de vida.  Eu cantava isso com muita dor, muito choro, porque parecia muito distante. Mas de maneira muito simples acreditava que era possível acontecer.

Quando a gente sonha, e o sonho é de Deus, Ele nos surpreende!
Não foi do jeito que eu imaginava, no tempo que eu imaginava e na ordem em que eu imaginava. Foi do jeito perfeito de Deus!

E hoje eu vejo, quinze anos depois, ela me ligando para compartilhar coisas de Deus. Não é incrível?! Tem sede de Deus, tem o coração quebrantado e não tenho nenhuma dúvida de que isso é apenas o começo de uma grande obra de Deus na sua casa! É o que Deus começou na minha e na do nosso irmão...

Aprendi a sonhar! E hoje, meu maior sonho, é dar um grande abraço, agradecer “pessoalmente” Àquele que um dia alcançou e modificou toda a minha casa.

Sonhe os sonhos de Deus! Não custa nada. Na pior das hipóteses Deus vai fazer muito mais do que você sonhou.

Melissa Cruz

Vozes do Mundo


Você quer ser bem sucedido? Aqui está o seu modelo. Quer conquistar? Aqui está o seu protótipo. Quer luzes brilhantes, ostentação e a atenção da mídia? Considere a primeira página, o artigo central do maior jornal diário dos Estados Unidos.
É uma caricatura da "Miss América". A informação vital das cinqüenta e uma participantes foi compilada para apresentar a mulher perfeita. Ela tem cabelos e olhos castanhos. Sabe cantar e tem as medidas perfeitas. É a Miss América.
A mensagem anuncia na página: "Este é o padrão para a mulher americana". A implicação é clara: Faça o que for preciso para ser como ela. Enrijeça suas coxas. Aprofunde o seu decote. Cuide bem de seus cabelos. Melhore o seu andar.
Nenhuma referência é feita às suas convicções... à sua honestidade... à sua fé... ao seu Deus. Mas você é informada da medida de seu quadril.

Em uma pequena foto, quatro polegadas para a esquerda, há uma outra mulher. Seu rosto é magro. Sua pele é enrugada, quase rija. Sem maquiagem... sem blush... sem batom. Há um fraco sorriso em seus lábios e um brilho em seus olhos. Parece pálida. Talvez seja minha imaginação ou talvez seja o momento. O título apresenta: "Madre Teresa em grave estado de saúde".
Madre Tereza. Você conhece sua história. Quando ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1985 concedeu os duzentos mil dólares aos pobres de Calcutá. Quando um homem de negócios comprou para ela um carro novo, vendeu-o e empregou o dinheiro para os menos privilegiados. Nada possui. Só deve o amor.

Duas mulheres: Miss América e Madre Teresa. Uma anda pela passarela; a outra pela viela. Duas vozes. Uma promete coroas, flores e multidões. A outra serviço, entrega e alegria.
Bem, nada tenho a ver com a ostentação da beleza (embora tenha minhas reservas sobre ela). Mas realmente tenho algo contra as vozes mentirosas que fazem ruído em nosso mundo.

Você já as ouviu. Dizem que deve trocar sua integridade por uma nova venda. Permutar suas convicções por uma negociação fácil. Trocar sua devoção por uma rápida emoção
Elas sussurram. Cortejam. Censuram. Atormentam. Flertam. Bajulam. "Vá em frente, tudo bem". "Espere até amanhã". "Não se preocupe, ninguém ficará sabendo". "Como algo que tem tudo para dar certo, poderia dar errado?"...

Em meio às propostas passageiras de prazer está a promessa eterna da presença [de Deus].
"Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" Mt 18.20.
"Não te deixarei, nem te desampararei" Hb 13.5

Não há coral tão alto que a voz de Deus não possa ser ouvida... se tão somente quisermos ouvir
(Extraído da obra In the Eye of the Storm, de Max Lucado)

Benção Franciscana


Que Deus o abençoe com o desconforto
Diante de respostas fáceis, meias verdades e relacionamentos superficiais
Para que você possa viver intensamente no fundo de seu coração

Que Deus o abençoe com a raiva
Diante da injustiça, da opressão e da exploração de pessoas,
Para que você possa trabalhar pela justiça, pela liberdade e pela paz.

Que Deus o abençoe com lágrimas
Derramadas por quem sofre dor, rejeição, fome e guerra,
Para que você possa estender a mão para confortá-los e
Transformar a dor deles em alegria

E que Deus o abençoe com suficiente loucura
Para acreditar que você pode fazer uma diferença no mundo,
Para que você possa fazer o que outros dizem não se pode fazer
Para trazer justiça e bondade e todos os nossos filhos e aos pobres.

Amém.

Uma segunda chance



“E veio a palavra do SENHOR segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que eu te digo.” Jonas 3:1 e 2


Jonas ouviu a voz de Deus com clareza, mas foi rebelde, desobediente. Se prontificou, porém para fugir da presença Dele. O que aconteceu então? Deus podia ter desistido de Jonas, encontrado uma pessoa melhor, podia ter escolhido outra maneira de cumprir seus propósitos, não é mesmo? Porém não é assim que Ele faz. Ele não é assim. Com Ele há sempre uma segunda chance, um novo chamado, Ele sempre nos dá escolhas, e trata conosco, nos resgata do nosso egoísmo, da nossa visão míope da vida e da nossa percepção tão medíocre de quem é o nosso Deus. Sabemos isso pela sua palavra, olhe para as pessoas que se encontraram com Jesus. Simples pescadores, transformados em apóstolos, Lázaro, a mulher adúltera, a mulher hemorrágica, o demonizado gadareno, a mulher samaritana, são tantos os casos que Jesus podia ter desistido, mas não foi assim. Eram pessoas muito complicadas, diferentes, doentes aos nossos olhos, desenganadas pela sociedade. Jesus acreditou neles, os acolheu, os confrontou, não para expor seus erros, porém os ensinou a olhar para quem podia ajudá-los. Estendeu seus braços, os perdoou, lhes deu uma segunda chance. Parece que o evangelho se encaixa mais as pessoas simples, que reconhecem que têm pouco valor, que enxergam sua própria doença, que se vêem injustas e pecadoras.

Como somos diferentes do Deus a quem dizemos servir. Somos rápidos para julgar e condenar, impiedosos, nossa intenção quase nunca é boa, liquidamos na primeira oportunidade, mesmo quando não temos conhecimento suficiente, sem ouvir todas as partes, sem saber as motivações, quase sempre somos parciais, extremamente severos e críticos com aqueles que não se parecem conosco, que não agem como nós, que não se amoldam ao grupo que pertencemos. Temos um ar superior, somos melhores, mais cultos, corretos, éticos, só nos falta agradecer a Deus por não sermos como nossos irmãos pecadores. A santidade exterior não revela jamais o que está oculto no coração. Muitas vezes cultivamos o hábito de conformar a nossa aparência, nossas ações e nossa linguagem de forma que possamos ser aceitos pelo grupo, valorizados, admirados e não questionados, correndo o sério risco de criar um enorme abismo entre quem somos de fato e aquilo que pensam que somos ou que parecemos. Assim vamos adoecendo, perdendo a paz, cultivando valores apenas exteriores, talvez sigamos religiosos, não muito melhores que sepulcros caiados.

Ao frequentarmos por um tempo um restaurante, um café ou algum outro lugar que gostamos e percebermos certa queda na qualidade dos produtos ou do atendimento, ficaremos um pouco tristes. Se depois ao retornar encontrarmos o lugar fechado, talvez queiramos saber o que aconteceu. Ou faliu porque não conseguiu recuperar seu padrão ou pode estar temporariamente fechado para reforma. Pode haver esperança. Pode haver reinauguração.
Parece que Deus sempre tem esperança conosco. Sempre está pronto a nos dar uma segunda chance. Mesmo nas maiores crises que enfrentamos, quando parece que vamos fechar as portas e desistir, Deus não desiste de nós. Quem sabe precisemos de uma pequena reforma. Consertar alguns fundamentos, reformar o modo de nos relacionarmos com nossos irmãos, vê-los com amor, com compreensão, com paciência, considerá-los superiores a nós, preferi-los em honra, pois não é possível dizer que amamos a Deus se não podemos amar nosso irmão. Assim como Deus nos vê com esperança vamos também apostar em nossos irmãos, esperar o tempo de reforma e nos alegrar na sua reinauguração.

Se somos filhos de Deus precisamos parecer mais com Ele, agir mais como Ele, ver as pessoas como Ele as vê. Parar de fazer as coisas só porque todo mundo faz assim, julgar menos, condenar menos, criticar menos. Amar, servir, apoiar, estender a mão, chorar junto, se compadecer, entender, aceitar e sempre que possível, dar uma segunda chance...

“Basta ao discípulo ser como seu mestre...”

Bruno Costa